quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um mês sem TV e sem celular! Você é capaz disso?



Quais são os aparelhos indispensáveis na vida de uma pessoa? Quais são os aparelhos indispensáveis no seu dia-a-dia? No meu são: celular, computador e TV. Creio que minha resposta não seja diferente da maioria, claro que com um ajuste aqui e outro ali. Talvez o computador perca um pouco a força se passarmos esta pergunta para uma parcela maior da população.

Bom, só para sustentar o meu “achismo”, segue uma pesquisa que aponta quais são os itens mais importantes nas vidas das pessoas. Dados que comprovam a importância dada ao celular pela população não faltam. Ultimamente, matérias na televisão também! Vira e mexe me deparo com alguma reportagem como uma que li recentemente sobre moradores não têm cobertura de operadora de celular, mas possuem o aparelho.

Esta relação entre televisão e celular pode ser dividida em dois caminhos distintos. Um deles é utilizar a televisão como um call-to-action para o celular, seja para participar de uma promoção, incentivar downloads, votar no BBB etc. A outra relação acontece quando o celular pauta a televisão e serve de termômetro da audiência.

Diariamente o Twitter vira um verdadeiro fórum online da televisão. Pessoas comentando a novela, dando dicas de programas que estão passando etc. Grandes eventos televisivos evidenciam ainda mais este fenômeno. Quer exemplo melhor que a final do BBB? Durante todo o programa, fiquei com meu Twitter ligado no celular para acompanhar os comentários das pessoas.

Tinha gente reclamando, pessoas montando suas campanhas com hashtags, as famosas mensagens com # antes das palavras. Outros fazendo observações sobre Bial, Ivete Sangalo e por ai vai… A cada refresh, apareciam cada vez mais tweets e pelo menos 90% deles eram relacionados ao BBB.

Tudo isso sem contar a “participação dos famosos”. William Bonner e Luciano Huck fizeram seus comentários no microblog, Ivete Sangalo tuitou fotos, Luciano Burti, piloto de stock car, fez comentários sobre os bastidores e o Boninho… Opa, esse ai sim foi um grande personagem.

O diretor assumiu o papel importante na rede social. Deu notícias em primeira mão, respondeu leitores, polemizou, fez piadas, recolheu sugestões e até admitiu erros do programa no Twitter. Aí, quando o programa acabou e estava pronto para ir dormir, me deparo com Tweet sobre o jogo do tenista Roger Federer em outro canal… Lá vou eu trocar de canal e abrir mão de mais uma hora de sono.

Quando acabou o jogo, até esbocei pegar o celular de novo e dar mais uma olhada no Twitter, mas preferi deixá-lo na cabeceira. Vai que tem mais alguém indicando algum bom programa… Se depender do meu celular, eu não durmo!

Se o celular e a televisão fazem parte do dia-a-dia das pessoas de maneira intensa, por que não utilizá-los para atingir o seu público-alvo? Aí começa o outro tipo de relação entre TV e celular que eu havia comentado. Alguns devem estar pensando que eu sou louco… “Como assim Castelo? Todo mundo utiliza a TV para atingir o seu público-alvo!”

A minha pergunta, talvez não tão bem formulada, refere-se à TV e ao celular juntos. Além da relevância com o público, estamos falando de uma ótima solução para otimizar o investimento já feito. Trata-se de aproveitar uma mídia “já comprada” e dar interatividade a ela. Já temos diversos cases de empresas que perceberam isso e “mobilizaram” suas embalagens, anúncios impressos, PDV, TV etc.

Como o assunto aqui é televisão celular. Vamos lá… Um exemplo interessante de como utilizar o celular para dar interatividade a um comercial de televisão foi o case de Trident Fresh. No comercial da campanha, uma garota se apaixona à primeira vista no metrô e assopra o vidro para escrever um telefone de contato. Os “curiosos” que ligassem para o número informado pela atriz (4003-2815) podiam “conversar” com a garota do metrô.

Ao “atender o telefone”, ela dizia a frase: “Alô, já vi que curiosidade é uma qualidade que você tem. Agora, eu quero saber se você também manda bem na hora da conquista”. Nesse momento ela convidava o usuário a deixar o seu xaveco. Os melhores foram exibidos no site www.leveavidamaistrident.com.br. Mesmo sem nenhum call-to-action, a ação atingiu mais de 65 mil ligações em 16 dias, média de quase 4.000 ligações por dia.

Outro exemplo muito bacana de interatividade entre TV e celular vem lá de fora. OWeather Channel (canal de previsões do tempo) lançou um aplicativo para Android. Para realizar a divulgação desse aplicativo, durante a programação do canal era exibidoQR code que, quando fotografado, direcionava os usuários para o download do aplicativo.

Ultimamente, os anúncios de promoções via SMS e pin code também vêm invadindo a televisão. Já vimos anunciantes como Unilever, Sadia, Nestlé, Kraft, Seda, Perdigão, Pão de açúcar etc. O que não falta são promoções que explicam suas mecânicas via SMS na televisão.

Todo esse papo de interatividade e otimização de verba é muito bacana, mas será que os resultados também são interessantes? São sim! Prova disso são os anúncios, cada vez mais frequentes, dos agregadores de conteúdo. Seja na TV aberta ou TV a cabo. Quantas vezes você já ouviu “baixe agora o ringtone da Beyoncé!” ou “Baixe já o jogo de Avatar para o seu celular!”? Estes players vivem de mídia de performance, portanto não estariam investindo tanto na televisão, se ela não trouxesse resultado. Além disso, no meio do texto também já dei alguns números impressionantes do case de Trident Fresh.

Como o assunto agora é resultado, creio que o case da promoção “Unilever 80 anos” seja emblemático. Digo isso não só pelo resultado (que foi um sucesso), mas por causa da mensuração (qualitativa e quantitativa) de resultados.

Como a participação na promoção era baseada na internet e no celular, tivemos um controle muito rico de todo plano de mídia da campanha. Tínhamos um monitoramento de participações minuto a minuto, o que nos possibilitava medir o retorno de um anúncio de televisão, por exemplo.

Além disso, fizemos o monitoramento dos envios de SMS (analisamos tudo que vem escrito nos SMS), o que nos ajudou a perceber quais os principais problemas que os usuários encontravam para participar da promoção.

Portanto, além de medir o resultado dos SMS e analisar a efetividade de cada inserção, conseguimos identificar os “ruídos” na comunicação e resolvê-los durante a campanha. Existem outros fatores que não são simples de medir… Um bom exemplo é o case de Trident, foram mais de 65 mil ligações.

Estas 65 mil pessoas já haviam visto o comercial, porém, ao ligar para o número, tiveram um contato muito maior com a marca. O mesmo acontece quando alguém manda um SMS, acessa um mobile site ou faz um download. Não temos como medir, mas estamos falando de um engajamento muito importante e relevante.

Para finalizar, a população consome celular e televisão. Se você utilizar o celular em um comercial de televisão, ele pode ficar mais interessante e proporcionar um maior engajamento com seu consumidor. Os resultados são animadores e ainda servem de base para mensurar as veiculações. Bom, no mínimo, podemos dizer que estamos diante de uma oportunidade muito interessante!

Publicado no AdNews

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