Um artigo publicado no site Mashable hoje, escrito pelo diretor sênior de Merchant Services no Paypal, Bill Zielke, fala sobre a importância das empresas investirem em mobile commerce. Há alguns dados sobre o mercado e sobre o próprio Paypal, citados pelo executivo, que valem a pena serem mencionados por aqui.
Segundo Bill, os números relacionados ao comércio móvel do Paypal são bem impactantes. O número de transações feitas por dispositivos móveis aumentou seis vezes em apenas um ano, de US $ 25 milhões em 2008 para US $ 141 milhões em 2009.
A empresa espera fechar 2010 com mais de US $ 500 milhões em volume de pagamentos móveis, e mais de 5 milhões de membros que utilizam regularmente PayPal a partir de dispositivos móveis.
Mas, para o executivo do Paypal, o crescimento não se limita a sua empresa, eles “são apenas uma fatia do bolo de m-commerce em geral”.
- Mundialmente, os consumidores deverão gastar 119 mil dólares em 2015 através de seus telefones móveis, respondendo por cerca de 8% de toda a atividade de comércio eletrônico, de acordo com a ABI Research.
- O valor total dos pagamentos móveis em todo o mundo deve quadruplicar, passando de US $ 170 bilhões em 2010 para 630 milhões dólares americanos em 2014, de acordo com a Juniper Research.
Embora muita atenção tem sido dada a forma como os consumidores estão adotando uma experiência de compra móveis, pouca atenção tem sido dada à forma como os comerciantes podem entrar no jogo.
O e-commerce impulsionou as vendas, mas também mais importante é que mudou o relacionamento dos comerciantes com seus clientes. Será o comércio móvel tem potencial para fazer tudo novamente?
Veja o que o executivo do Paypal fala sobre este assunto.
Navegando contra o shopping móvel no celular
O artigo mostra que há uma aceitação dos clientes, quando a questão é a compra pelo celular. “Os números falam por si, então é justo dizer que os consumidores estão adotando rapidamente os shoppings móveis como uma maneira de comprar bens físicos e digitais”, afirma.
Mas o que está motivando os consumidores a comprar pelo dispositivo móvel? Bill explica que os aplicativos e sites que permitem aos clientes visualizar os últimos lançamentos da moda, por exemplo, são ótimos para o conhecimento da marca, mas se não tem a possibilidade de efetuar a compra, eles não rendem vendas reais. “Eu chamo isso de navegação móvel, porque fazer a compra é secundário, é apenas para olhar o preço do item” diz.
Mobile shopping, por outro lado, oferece aos consumidores a chance de comprar algo totalmente pelo dispositivo móvel, reduzindo a quantidade de cliques para finalizar a compra. “Isto é particularmente importante no contexto dos browsers móveis, onde um corte sobre o conteúdo e minimização o número de cliques são vitais para manter os clientes envolvidos”, explica Bill.
Ele diz que é muito comum, quando o usuário vai finalizar a compra, ser levado para um site de terceiros, em que não é oferecida uma navegação móvel, o que desestimula o cliente a fazer a compra. “É fundamental que o seu cliente móvel tenha o mesmo nível de conveniência que teria se fosse fazer compras em seu laptop com uma experiência de saída projetada para o dispositivo”.
Ainda segundo o executivo: “Desenvolver uma experiência de compra pelo celular é mais arte do que ciência, layouts com botões grandes, o mínimo de texto, rolagem e um checkout rápido são fundamentais para a conversão”, conta Bill.
Aplicativos móveis ou site móvel?
O futuro ainda é incerto sobre como será o desenvolvimento da tecnologia móvel na empresas, mas a principal dilema é: criar um site ou um aplicativo móvel? Ambos podem ser eficientes no contexto móvel para atrair mais consumidores.
Para o executivo do Paypal, empresas que procuram uma interface rica, mais avaçanda, a melhor opção é a aplicação. Ela saem a frente do site móvel, já que são desenvolvidas para um hardware específico do aparelho e para o determinado sistema operacional. “Em geral, os aplicativos nativos oferecem uma experiência de compra personalizada que é bem entregue, mas é limitada” explica.
A web móvel, por outro lado é como um imenso shopping com lojas, aparentemente, ilimitadas e toneladas de opções de tudo. Não é tão restrito ou fragmentado como o shopping em diferentes aplicativos móveis. “Ao contrário de dispositivo específico aplicativos nativos, porém, a web móvel tem uma enorme flexibilidade e, geralmente alcance, muito maior”, afirma Bill.
Os clientes não precisam baixar programas de lojas de aplicativos para seu telefone para começar a comprar. Eles apenas precisam digitar um endereço na web em seu browser móvel para começar a gastar seus dinheiro virtual.
Segundo Bill, a web oferece o que falta apps e vice-versa. E assim como no mundo real, há espaço para ambos.
(via Mashable)
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