Segundo pesquisa realizada pelo Dirsi (Diálogo Regional sobre a Sociedade da Informação), brasileiro gastaria mais de US$40 com kit de serviços.
O consumidor brasileiro de telefonia móvel pré-paga é quem mais gastaria por mês com uma teórica cesta de serviços (30 ligações de curta duração e 33 SMS) na América Latina. Esse pacote sairia por US$ 45, contra US$ 26 de Honduras, o segundo país mais caro na AL.Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Dirsi (Diálogo Regional sobre a Sociedade da Informação), com 20 países do Caribe e da América Latina. Os dados referem-se a 2009 e tem como base o câmbio de maio daquele ano.
No México, país de renda e economia semelhantes, esse "kit" custa US$ 20 para o consumidor. Na Jamaica, o usuário de pré-pago teria de desembolsar apenas US$ 2,21. A média da região é de US$ 15.
Se a conta for feita em relação a paridade de poder de compra (PPP), o Brasil fica ainda mais caro, com US$ 54,5, contra US$ 48,5 da Nicarágua. A Jamaica continua sendo a mais barata, com US$ 3,6.
A situação do consumidor brasileiro só tem um (leve) alívio quando o custo é comparado à renda per capita de cada país. Nesse caso, o desembolso mensal equivale a 7% no Brasil, abaixo da Nicarágua (20%), Honduras (16%) e empatado com El Salvador (7%).
O estudo também compara os preços da AL com o restante do mundo. De acordo com a pesquisa, o nível geral das tarifas de telefonia móvel na América Latina é bem maior em relação aos países aos países da Europa Ocidental e a outros mercados emergentes.
Em um leque de 62 países, oito das 10 maiores taxas de mercado (em dólares PPP) estão na América Latina (6 de 10 em dólares correntes). O custo médio dessa cesta na região (US$ 24 em dólares PPP) é quase o dobro do nível médio na Europa (US$ 13) e o triplo do verificado no Sudeste Asiático (US$ 7).
Além disso, somente na Costa Rica é possível arcar mensalmente com essa cesta sem comprometer mais de 5% da renda média mensal.
Por isso, aponta a pesquisa, o nível de acessibilidade aos serviços de telefonia móvel na região. Em média, os usuários da telefonia móvel na América Latina e no Caribe usam o celular bem menos do que nao resto do mundo. Com 116 minutos por mês, o latino-americano está abaixo da média do africano (129 minutos) e bem abaixo da região Ásia-Pacífico (290 minutos).
O estudo propõe medidas para incentivar a concorrência e baixar tarifas. Entre as ferramentas recomendadas, a portabilidade numérica, maior disponibilidade de espectro, bandas de reserva para novas operadoras, incentivar o compartilhamento de infra-estrutura, e políticas que incentivem a redução das tarifas de interconexão no médio prazo.
Fonte: IDG.
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